É tempo de repensar!
Este depoimento que somente hoje, resolvi postar, ainda esta na memória de muitos brasileiros, se não do mundo todo, diante da barbaria vivenciada no Rio de Janeiro, dentro de uma instituição escolar. Ainda hoje estamos tentando entender e digerir o requinte de crueldade praticado por um jovem, ex-aluno desta mesma instituição.
É a partir deste caso que convido nosso leitor, principalmente os profissionais da área da educação para repensar nas nossas práticas tanto no âmbito escolar, quanto familiar. Será que temos a clarevidência do momento em que estamos vivendo? Estamos prontos para identificar sujeitos com desvios de conduta, transtornos de personalidade e psicopatias, além de vítimas de bulling e envolvimento com drogas?
Então paremos para refletir, a alguns anos atrás nossa sociedade viveu num regime, onde tudo era privado e censurado, aqueles que ousaram infringir as normas do estado, foram ezilados, torturados e até mesmo retirados do direito de viver. Neste tempos, as leis se faziam valer por uma ditadura, desumana e cruel, mas que somente poucos tiveram coragem e ousadia para enfrentá-las e tentar desistituí-las. Esta geração oprimida lutou muito por liberdade e graças a ela hoje gozamos de tamanha liberdade onde, as leis que hoje nos regem são tão pouco sustentáveis que um artigo sempre poderá contestar o outro, um menor de idade infrator tem mais direitos que deveres, as religiões estão se multiplicando a cada dia, nossas policias estão em choque nas ruas, os filhos condicionam os pais numa política de compensação, pela ausência dos mesmos, crimes de parricídio, abandonos de crianças em latões de lixo, esquartejamentos são tão comuns nos noticiários que quase não impressionam mais à aqueles que assistem.
Chega de assistir a vida, os acontecimentos atuais como se fossemos somente espectadores, estamos na era do "ser", da reflexão, precisamos repensar nos valores que instituímos dentro das nossas famílias, do tempo que dispensamos cuidando dos nossos filhos, das refeições à mesa, do amor ao próximo, da sensibilidade à miséria do homem e da preocupação na formação humana.
Crimes como o praticado por Wellington, contra aquelas crianças inocentes, poderia ter sido evitado, se este jovem tivesse sido assistido com mais cuidado, por seus familiares, pois o mesmo já apresentava uma conduta incoerente, além da predisposição génetica a desenvolver um sofrimento psíquico.
Faltou-lhe FAMÍLIA.
Faltou-lhe FAMÍLIA.
Termino minha reflexão convidando a todos os nossos leitores, em especial aos pais e educadores, a assistirem mais de perto a vida de seus filhos, sentarem-se à mesa durante as refeições e pratiquem o diálogo dentro de casa. Fiquem sempre atentos às ocorrências e recorrências de comportamentos intransigentes. Ensinem seus filhos e alunos a se frustrarem e saírem erguidos de uma derrota, não protejam demais, deixem que os mesmos criem sua própria imunidade, não percam de vista o fracasso e sucesso dos mesmos, estejam por perto, podendo estender a mão quando precisarem e jamais desistam de seus filhos e alunos, porque quem sabe, você pode ser o único que ainda não desistiu dele, como no caso do menino de Realengo.
Danielle Duarte
Psicóloga Clínica e Organizacional
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